O Teste do Pezinho é um exame simples, porém de grande importância para garantir o desenvolvimento saudável da criança. Realizado gratuitamente entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê em Unidades Básicas de Saúde (UBS), é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas complexas que podem não ter sintomas aparentes nos recém-nascidos.
O teste permite o tratamento precoce e a diminuição ou eliminação das sequelas associadas a essas doenças. Através da gota de sangue coletada do calcanhar do bebê, pode ser apontada, precocemente, a fenilcetonúria, o hipotireoidismo congênito, a fibrose cística, a anemia falciforme e outras hemoglobinopatias.
A triagem não pode ser realizada ainda na maternidade, logo após o nascimento, pois para o diagnóstico da fenilcetonúria é necessário que a criança já tenha sido amamentada, pois no teste é verificada a taxa de uma enzima presente no sangue e que é responsável pela quebra de uma proteína do leite.
A orientação para que o exame aconteça ainda na primeira semana se dá para evitar resultados falsos positivos para a fibrose cística, mais comuns quando realizado a partir do quinto dia de vida. Quando isso ocorre, a criança precisa passar por um novo exame específico dessa enfermidade, chamado “teste do suor”, para a confirmação do resultado.
A maior parte das doenças triadas no Teste do Pezinho não apresentam sintomas no período neonatal. O risco em não se diagnosticar precocemente é gerar sequelas graves, e até irreversíveis em alguns casos, no desenvolvimento da criança, que só serão perceptíveis tardiamente.
Dependendo da doença detectada, pode-se obter orientação sobre o tratamento nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal, que contam com uma equipe multidisciplinar especializada, ou buscar apoio com especialistas.
Regulamentado no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2001, com a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal. Até hoje, mais de um milhão de recém-nascidos já fizeram o procedimento.
