O autoexame não substitui a mamografia, mas permite que a mulher conheça bem seu corpo e saiba identificar quando há alguma alteração.
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais afeta as mulheres no Brasil e no mundo. Nos homens, a doença pode se desenvolver, mas representa apenas 1% dos casos. A Campanha Outubro Rosa tem como objetivo conscientizar principalmente as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, que hoje tem tratamento e, quando detectado no início, a chance de cura é de até 95%.
Desenvolvimento do câncer de mama
O câncer de mama acontece quando células anormais começam a crescer e se multiplicar desordenadamente na região mamária, formando assim um tumor. A doença pode surgir por diferentes causas, normalmente uma soma de fatores internos referente ao organismo da própria mulher e externas (pelo estilo de vida que ela leva).
Os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento do câncer de mama são:
– Idade, principalmente a partir de 50 anos
– Histórico da doença na família (especialmente mãe, irmã ou filha)
– Primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos)
– Uso de contraceptivos hormonais
– Primeira gravidez após os 30 anos
– Menopausa tardia (após 55 anos)
– Tratamento de reposição hormonal pós-menopausa
– Obesidade
– Sedentarismo
– Má alimentação
– Consumo de bebidas alcoólicas
– Tabagismo
A presença de um ou mais fatores de risco não significa necessariamente que a mulher irá ter câncer de mama, mas sim que há uma chance maior de desenvolver a doença.
Sintomas
As alterações na mama são a principal forma do câncer se manifestar. Em cerca de 90% dos casos, o principal sintoma é o surgimento de um nódulo fixo (ou caroço) na mama ou na axila. A mama também pode apresentar alterações na pele como vermelhidão, retração (encolhimento) ou aparência de casca de laranja. Mudanças no tamanho ou formato do bico do peito ou da própria mama e secreção de algum líquido anormal pelo mamilo também podem indicar a doença.
Novamente, a presença de um ou mais desses sintomas pode indicar câncer, mas também pode representar doenças benignas da mama, por isso devem sempre ser investigadas por um médico.
Autoexame
Para que tais sinais sejam detectados no início, a mulher precisa conhecer seu próprio corpo, observar regularmente a aparência das mamas, bem como realizar o autoexame periodicamente. Durante o banho ou em outra circunstância em que se sinta à vontade, apalpe de maneira delicada, porém com firmeza, cada centímetro da região mamária, passando os dedos na pele e no mamilo atentamente. De frente para o espelho, olhe para a região dos seios e axilas e veja se nota alguma anormalidade. Em caso afirmativo, procure uma unidade de saúde para avaliação médica. O autoexame não substitui a mamografia, mas é um cuidado simples que está disponível a todas as mulheres e pode ser o primeiro passo para o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Mamografia
A mamografia é o exame mais indicado para rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de mama, pois ela é capaz de detectar nódulos e outras alterações bem pequenas, imperceptíveis no exame de toque. Apesar de causar certo desconforto durante a sua realização, a mamografia é um exame rápido e não invasivo que pode salvar a vida de muitas mulheres. O Ministério da Saúde recomenda a mamografia para mulheres com idade entre 50 e 69 anos, a cada 2 anos, mesmo sem sintomas ou suspeitas. Em caso de mulheres com histórico familiar da doença ou que apresentam sinais suspeitos, o médico poderá solicitar a mamografia e outros exames complementares antes da idade recomendada. O importante é seguir a orientação do seu médico.