Janeiro Roxo — Hanseníase tem cura
A hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade e atualmente ainda é um grave problema de saúde pública, especialmente no Brasil, que é o segundo país com mais casos relatados no mundo (cerca de 30 mil novos casos por ano), atrás somente da Índia, um país com a população 6 vezes maior.
Em vista disso, a Med Life está promovendo o Janeiro Roxo, uma campanha fundamental para alertar e conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce da hanseníase, uma doença às vezes negligenciada e pouco divulgada.
A hanseníase, que já foi chamada de lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, um bacilo que se reproduz muito lentamente e que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. As complicações da doença podem causar sequelas progressivas e permanentes, incluindo deformidades e mutilações, redução da mobilidade dos membros e cegueira.
Os sinais suspeitos de hanseníase são manchas brancas ou avermelhadas com diminuição ou perda da sensação de calor, de dor ou do tato, e podem incluir dormência, formigamento e diminuição na força física das mãos, pés ou pálpebras. As lesões são bastante distintas entre si e podem ser confundidas com outras doenças de pele, por isso é imprescindível não se autodiagnosticar ou automedicar e sempre consultar um médico se tiver qualquer suspeita de estar com hanseníase. O diagnóstico é feito através de exame físico geral para avaliação das lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos.
A detecção precoce aliada ao tratamento feito adequadamente promove a cura da doença, bem como reduz consideravelmente a chance de a pessoa ter alguma sequela grave como incapacidade física. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente tanto o diagnóstico quanto o tratamento, que é realizado com medicamentos eficazes e seguros e pode durar de 6 a 12 meses, dependendo da classificação da doença. Desde o início do tratamento a pessoa não transmite mais a doença.
A hanseníase não é altamente infecciosa e é transmitida por meio do contato próximo e frequente com pessoas infectadas não tratadas, por meio da fala, tosse ou espirro, por exemplo.
Importante salientar que pessoas com hanseníase são frequentemente discriminadas e estigmatizadas. Essa situação repercute negativamente no acesso ao diagnóstico, na adesão do tratamento e no resultado do atendimento, além de violar direitos civis, políticos e sociais. Eliminar a discriminação, estigma e preconceito é essencial para eliminar a hanseníase.